No vídeo La Morita ao lado do violonista Fabiano Zanin numa demonstração de toda sua maestria em castanholas.
Estudar Flamenco é muito mais que estudar o baile. É acima de tudo, mergulhar num universo musical completamente único. Sabemos que hoje, o flamenco é reconhecidamente patromônio imaterial da Humanidade mas sem, dúvidas que temos muito a conhecer desta Arte. No entanto, ao estudar uma Dança, em especial a Flamenca, todos deveríamos ter por base a musicalidade.
O estudo das castanholas permite uma imersão aos conceitos rítmicos desta modalidade permitindo aos estudantes e artistas maior intimidade com a música. Todo bailarino deveria estudar um instrumento musical. No Flamenco, este instrumento é a castanhola.
Nomenclatura dos Toques da Castanhola
PI- *GOLPE COM OS DEDOS MÉDIO E ANULAR DA MÃO DIREITA
A - GOLPE COM OS DEDOS MÉDIO E ANULAR DA MÃO ESQUERDA
TA- GOLPE COM OS DEDOS MÉDIO E ANULAR DE AMBAS AS MÃOS AO MESMO TEMPO
TI (POSTICEO) - CHOQUE ENTRE AS CASTANHOLAS
RI (CARRETILLA) - DEDILHAR DA MÃO DIREITA ( iniciando pelo dedo mínimo)
*GOLPE (Batida na castanhola)
A - GOLPE COM OS DEDOS MÉDIO E ANULAR DA MÃO ESQUERDA
TA- GOLPE COM OS DEDOS MÉDIO E ANULAR DE AMBAS AS MÃOS AO MESMO TEMPO
TI (POSTICEO) - CHOQUE ENTRE AS CASTANHOLAS
RI (CARRETILLA) - DEDILHAR DA MÃO DIREITA ( iniciando pelo dedo mínimo)
*GOLPE (Batida na castanhola)
TOQUE DAS CASTANHOLAS E OS PALOS FLAMENCOS
Pasodoble - A-RI-A
Jota - A-RI-A-TA
Bulerías - TA-TA-A-RI-A-TA
Sevillanas - RI-A-RI-A-PI-A
Entrada das quatro*coplas: A-RI-A-TI-TA-A-RI-A-PI-A
Variação da 1ª copla: A-RI-A-PI-A-RI-A-RI-A-PI-A
Variação da 2ª copla: A-RI-A-A-RI-A-TI-TA-A-RI-A-PI-A
Variação da 3ª copla: A-RI-A-A-RI-A-RI-A-PI-A
Variação da 4ª copla: A-RI-A-A-RI-A-TI-TA-A-RI-A-PI-A
Final das coplas: A-RI-A-TA
* COPLAS (Versos)
SEVILLANAS (Toque das Castanholas)
1ª COPLA
A-RI-A-TI-TA-A-RI-A-PI-A
RI-A-RI-A-PI-A ( 13 vezes)
A-RI-A-PI-A-RI-A-RI-A-PI-A
A-RI-A-PI-A-RI-A-RI-A-PI-A
A-RI-A-PI-A-RI-A-RI-A-PI-A
A-RI-A-PI-A
RI-A-RI-A-PI-A ( 13 vezes)
A-RI-A-TA
2ª COPLA
A-RI-A-TI-TA-A-RI-A-PI-A
RI-A-RI-A-PI-A ( 7 vezes)
A-RI-A-A-RI-A-TI-TA-A-RI-A-PI-A
RI-A-RI-A-PI-A ( 9 vezes)
A-RI-A-A-RI-A-TI-TA-A-RI-A-PI-A
RI-A-RI-A-PI-A ( 11 vezes)
A-RI-A-TA
3ª COPLA
A-RI-A-TI-TA-A-RI-A-PI-A-RI-A-RI-A-PI-A
A-RI-A-A-RI-A-TI-TA-A-RI-A-PI-A-RI-A-RI-A-PI-A
A-RI-A-A-RI-A-TI-TA-A-RI-A-PI-A
RI-A-RI-A-PI-A ( 5 vezes)
A-RI-A-A-RI-A-RI-A-PI-A ( 3 vezes)
A-RI-A-A-RI-A-TI-TA-A-RI-A-PI-A
RI-A-RI-A-PI-A ( 3 vezes)
A-RI-A-A-RI-A-TI-TA-A-RI-A-PI-A-RI-A-RI-A-PI-A ( 2 vezes a frase inteira)
A-RI-A-TA
4ª COPLA
A-RI-A-TI-TA-A-RI-A-PI-A-RI-A-RI-A-PI-A
A-RI-A-A-RI-A-TI-TA-A-RI-A-PI-A-RI-A-RI-A-PI-A
A-RI-A-A-RI-A-TI-TA-A-RI-A-PI-A
RI-A-RI-A-PI-A ( 11 vezes)
A-RI-A-A-RI-A-TI-TA-A-RI-A-PI-A-RI-A-RI-A-PI-A ( 11 vezes)
A-RI-A-TA
O FLAMENCO E A ORIGEM DAS CASTANHOLAS
Acredita-se que a castanhola, instrumento da classe dos idiófonos, é um dos instrumentos musicais mais primitivos da história da humanidade, aparecendo com variações de formas e materiais em diferentes continentes.
De origem fenícia, os “crotalos” foram utilizados no Antigo Egito e Grécia, como se pode constatar através de estudos arqueológicos, a presença em desenhos e pinturas do ano 3.000 a.C. com homens e mulheres dançando e empunhando objetos levemente torcidos.
De origem fenícia, os “crotalos” foram utilizados no Antigo Egito e Grécia, como se pode constatar através de estudos arqueológicos, a presença em desenhos e pinturas do ano 3.000 a.C. com homens e mulheres dançando e empunhando objetos levemente torcidos.
Outros estudos apontam que a verdadeira origem da castanhola é a “crusmata” ibérica, formada por peças de madeira, conchas marinhas, ossos, marfim ou pedras planas, as tarrenhas. Os músicos e bailarinos as faziam soar sustentando as peças entre os dedos, e até hoje se pode encontrar em alguns “pueblos” pessoas que utilizam pedaços de telhas ou outras sucatas para tocar “tarrenhas”.
A castanhola Espanhola é a única que evoluiu através do tempo, se transformando lentamente, adaptando-se às necessidades dos intérpretes até adquirir a forma ideal para a execução de ritmos e de técnica elaborada que acompanham o canto e o baile.
O século XVIII pode ser considerado o auge da castanhola espanhola, pois o virtuosismo surge com modificação da forma de tocar, sendo sustentada agora, nos dedos polegares. A motivação dos salões de baile para se dançar o bolero, as “seguidillas” e os fandangos, acompanhados sempre do ritmo das castanholas, contribuiu para a valorização do instrumento que foi incorporado pela arte flamenca e se tornou um de seus elementos mais significativos.
Dentre os mais importantes intérpretes das castanholas estão: Angél Pericet, Antonia Mercé (La Argentina), Vicente Escudero, Encarnación Lopez (La Argentinita) e Carmen Amaya. Esta última, conhecida como “A Rainha dos Ciganos”difundiu pelo mundo a beleza do Baile Flamenco, que tem no toque das castanholas seus momentos de profunda beleza e técnica.
La Morita é a mais importante intérprete da castanhola na América do Sul e em suas aulas, além do sapateado, da expressão corporal e das coreografias de diversos ritmos flamencos, a professora ensina o toque de castanholas.
Dentre os mais importantes intérpretes das castanholas estão: Angél Pericet, Antonia Mercé (La Argentina), Vicente Escudero, Encarnación Lopez (La Argentinita) e Carmen Amaya. Esta última, conhecida como “A Rainha dos Ciganos”difundiu pelo mundo a beleza do Baile Flamenco, que tem no toque das castanholas seus momentos de profunda beleza e técnica.
La Morita é a mais importante intérprete da castanhola na América do Sul e em suas aulas, além do sapateado, da expressão corporal e das coreografias de diversos ritmos flamencos, a professora ensina o toque de castanholas.
Caracaaaaa...dificil, mas nao impossivel :)
ResponderExcluir