sexta-feira, 20 de maio de 2011

Sapatos para FLAMENCO - em busca de um sapato ideal

Uma das maiores dificuldades pra quem vai começar a aprender Flamenco é encontrar um sapato de qualidade, que ajude em sua dança. Geralmente a pessoas procuram os catálogos de dança que revendem artigos para ballet , jazz e sapateado e acabam comprando sapatos de dança de salão com preguinhos, vendidos para flamenco.  Esses sapatos não dão o suporte necessário para os pés e joelhos além de não durarem muito tempo, não aguentam o tranco de ensaios e aulas e logo estão se desmantelando.

Segundo Triana Ballesta, aluna de La Morita, quando a bailarina La Morita chegou no Brasil, diante desta dificuldade, procurou o melhor artesão de sapatos da cidade de Curitiba - Aquelino Masiero. Foi então que ela e Masiero criaram juntos um sapato especial para o Flamenco, vendido aqui no Brasil.  Para chegar a esse modelo exato, La Morita desmanchou 3 sapatos espanhóis seus.  Mas não foi em vão. O sapato desenvolvido por Masiero é de uma qualidade impecável. O couro é de uma espessura que sustenta realmente os ligamentos. Eu posso garantir a qualidade do sapato Masiero pois possuo um sapato feito por ele há 13 anos que ainda está em excelente estado.

Recentemente, adquiri um sapato de outra marca, por ter recebido indicações e qual não foi minha decepção ao calçar o sapato e perceber que o mesmo rasgara.  Ao tentar ser reembolsada, apenas consegui que trocassem o produto. Mas de que adianta trocar o produto se agora eu não sei quanto tempo vai durar esse sapato? É interessante que a mesma aluna, Triana Ballesta, recebeu informações de que Masiero não confeccionava mais sapatos flamencos. Certamente a pessoa que passou essa informação deve revender esta outra marca que é bastante afamada na atualidade.

Enfim, para minhas alunas, assim como La Morita, eu recomendo os sapatos masiero. Quem ainda não possui, pode adquirir com tranquilidade em saber que terá um sapato pra eternidade.

Pra encerrar, vou postar uma linda matéria publicada na Revista Idéias sobre o artesão Aquelino Masiero,

Espero que apreciem e que seja útil a alunos e bailarinos pois eu penso que um sapato flamenco não tem que apenas ter design, ele tem que ser anatômico, dar sustentação ao pé (pra isso precisa de uma espessura de couro adequada, não um istmo) e ser resistente pra aguentar o tranco de aulas, ensaios e shows.

Yasmine Amar




A arte do sapateiro




Revista IDEIAS. Política, Economia & Cultura do Paraná

Em Curitiba, uma sapataria que começou suas atividades em 1970 ainda fabrica sapatos de maneira artesanal. A Masiero Calçados fundada por Aquelino Masiero. A história começou assim: na época ele mudou-se do Rio Grande do Sul para Curitiba para reabrir sua sapataria que havia incendiado na cidade de Novo Hamburgo. A Nina Sapataria instalou-se ao lado da Santa Casa de Misericórdia e teve os funcionários do hospital como sua grande carteira de clientes. Em 72 apareceu uma oportunidade de compra de um ponto e ele mudou-se para a Rua Trajano Reis. Neste endereço ele deu novo nome para seu negócio: Sapataria Rosário. Continuou a fazer artesanalmente calçados especiais e ortopédicos sob medida, além de consertos em geral. A partir daí começou também a fazer sapatos para sapateado, dança flamenca, botas para tiro ao alvo, calçados para desfiles de carnaval e outros tipos diversos como sapatos para artistas.
Em julho de 1980, adquiriu ao lado um espaço pouco maior de 30m² e abriu uma pequena loja. Além de todos os serviços que já fazia começou também a fabricar calçados com tamanhos especiais. Algum tempo depois comprou um antigo prédio nesta mesma rua esquina com a Treze de Maio. Após uma reforma instalou uma nova loja, bem maior, com 300m², que passou a chamar-se Masiero Sapataria Rosário. Além do que já fazia especializou-se em numerações grandes para homens e para mulheres. Mais tarde abriu uma filial na Rua João Negrão onde manteve a mesma tradição da matriz e incluiu ali a linha infantil. Em 2005 a matriz foi ampliada e reformada para melhor atendimento aos clientes, momento em que a logomarca foi redesenhada:Masiero Calçados.
Aquelino Masiero é mais que um sapateiro, é um artista. Apaixonado pelo que faz, considera-se um artesão do calçado. Quando jovem fez o curso de modelagem enquanto aprendia o ofício. No dia do seu noivado presenteou sua noiva com um par de sapatos preto, feminino, uma miniatura. Obra que foi admirada por sua perfeição, uma verdadeira história de Cinderela e seu sapatinho de cristal. Quando a primeira filha nasceu foi presenteada por um par de botas cor-de-rosa confeccionado por ele. Hoje, com mais de 70 anos de idade, Aquelino está aposentado e quem dirige suas lojas são seus filhos. Mas nem por isso ele perdeu a paixão pela profissão e continua ativo. Fez uma fôrma fora do padrão, fabricou um par de sapatos nº 67, inspirado no maior homem do mundo que é um chinês e gostaria de um dia poder calçá-lo. Foi além, fez outra fôrma ainda maior que o ocupou três meses de trabalho. E sua habilidade e criatividade não param por aí. Com sua esposa e um antigo funcionário confeccionou um par de sapatos nº 183, digno de Sasquatch. Trabalho que lhe custou três couros de boi entre o corte e o forro, solado e salto. Estas excêntricas criações servem como decoração da loja e são muito admiradas. Agora também desenvolvem uma nova linha de tamanhos especiais para pés femininos pequenos.
Admirado pelos seus oito filhos, 16 netos e 12 bisnetos por sua dedicação e perseverança, Aquelino deixa uma lição: para ter sucesso é importante a honestidade, o conhecimento, a cordialidade com os clientes e respeito aos funcionários.
Não há como negar que o manufaturado e o industrializado não concorrem entre si. Cada um à sua maneira torna-se indispensável. O industrializado possui toda a tecnologia e funcionalidade. Já o artesanato confunde-se com a história da humanidade, pois a necessidade dos bens de utilidade para o dia a dia fez a criatividade surgir como forma de trabalho. Por isso, a arte de Aquelino é singular e individual. O artesão dedica-se exclusivamente a uma peça de cada vez, sem pressa, com poesia. 
ARTE RARA
A necessária arte de fazer sapatos manufaturados está cada vez mais rara em consequência da franca industrialização. A questão é: os sapatos produzidos em série têm a mesma qualidade que os feitos à mão? Pergunta difícil de responder uma vez que o artesanato tem o capricho e a particularidade do pé de cada um e a industrialização tem uma tecnologia que está sempre em avanço. Quem sabe Aquiles com uma bota do século 21 perdesse sua vulnerabilidade.
O primeiro calçado foi registrado na história do Egito, por volta de 2000 a 3000 a.C. Era uma sandália composta por duas partes, uma base de tranças de cordas de raízes e uma alça presa aos lados que passava sobre o peito do pé. Porém, muitos afirmam que o homem da pré-história já usava uma espécie de proteção nos pés, pois entre os utensílios de pedra da época existem muitos que serviam para raspar a pele, o que mostra que a arte de curtir é muito antiga. Feidípides, o famoso ateniense que fez o percurso entre Atenas e Esparta por motivo da invasão pelos persas à Maratona, além de força e resistência, com certeza precisou de um bom calçado. Há registros de que no ano 6 mil a.C. os primeiros artesãos surgiram no momento em que transformaram elementos da natureza em objetos de uso.

Masiero Calçados

Rua Trajano Reis, 80 - São Francisco
Curitiba - PR, 80510-220
(0xx)41 3222-199







2 comentários:

  1. Yas to amaaaaando esse blog. Realmente tudo que vc pega pra fazer fica perfeito :)
    Bjux!

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