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Tamara de La Macarena |
por Triana Ballesta
Filha da grande Maestra de Dança Flamenca e uma das mais conceituadas concertistas de castanholas do mundo com o grande guitarrista cigano Santana, Tamara de La Macarena se criou “nas coxias”, como ela mesma descreve, e mal se lembra de quando se deu seu início aos estudos da dança e cultura espanhola.
“Eu me lembro de participar das rodas de dança quando criança e aprender a contar os diferentes ritmos observando os pés do meu pai enquanto tocava guitarra”.
Tamara, como discípula de sua mãe, segue não apenas a didática como também a filosofia tradicionalista do Flamenco. E mesmo com tamanha influência tem seu estilo próprio de dançar, pois a arte tem como característica principal a expressão da personalidade do artista.
“Depois que se consegue chegar no movimento, a bailarina pode dar o toque do estilo flamenco para então acrescentar sua personalidade, pois ninguém vai dançar igual a ninguém uma vez que somos seres únicos.” (La Morita)
Tamara de La Macarena retornou á sala de aula depois de um período no qual se dedicou ao seu filho e ao seu curso de Pedagogia em tempo integral. Agora em parceria com sua mãe dá aulas de técnica flamenca ensinando os ritmos, postura, trabalho de braços, palmas, sapateado, etc. Enquanto La Morita segue com as coreografias dos principais bailes da cultura espanhola, como sevillanas, fandango, bulerias e outros.
A escola La Morita, como pioneira no Brasil, foi responsável pela formação da maior parte dos profissionais de dança Flamenca do país, principalmente em Curitiba, local onde se consolidou.
E mantem suas tradições lutando contra a descaracterização da dança em detrimento aos avanços do modernismo exacerbados. La Morita prima pela elegância e feminilidade que afirma estar se perdendo atualmente no cenário mundial.
“É importante que se crie novas formas de se dançar, novos estilos e novos passos, mas não podemos nos esquecer das raízes da dança flamenca para que nos sirva de base, respeitando sua história, cultura e tradição”. (La Morita).
Tamara diz que a arte está para além da técnica. Aprecia uma dança com maior expressividade no conjunto de figuras, braços, giros, sapateado e unicidade entre bailarina e músicos.
Para quem quer aprender com total segurança e confiança sobre a cultura e tradição espanhola, aprender a tocar castanholas e tomar um cafezinho, recomendo!
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Triana Ballesta |
(Triana Ballesta - Bailarina de Dança Oriental, aluna de Dança Flamenca de La Morita desde 2011, iniciando também seus estudos com Tamara de La Macarena.)
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